Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Biritando nos Campos do Senhor.

 O disco do Carlos Careqa, À Espera de Tom, é foda. Simples assim. Fazer versões em português para um cara cult (leia-se: cheio de fã chato pra caralho) como o Tom Waits é, no mínimo, corajoso. Imitar a voz e os trejeitos, então, é arriscar ainda mais. Quando se trata de refazer letra, uma coisa fácil de acontecer (e bem recorrente por aqui) é a versão perder muito do sentido original ou ficar tão reverente que a poesia e a manha da coisa leva o farelo. A parada mora em algum canto entre esses dois extremos. E Carlos Careqa achou o ponto certo nesse disco, mas bem claramente nessa Guaraná Jesus (Chocolate Jesus do Mule Variations, 1999).
  Toma ele aí ao vivo num Sesc da vida:

2 comentários:

Angelo Cavalcante - disse...

Na minha ingenuidade (ou leseira, mesmo!), quando li o título desse disco, achei que era outro Tom. Meu destaque pra esse disco é "E tudo fica azul" versão pra "All the world is green".

Gustavo Rodrigues disse...

Mesmo já sabendo do que se tratava, tive a mesma sensação, Angelo. É tanto tributo pro Jobim nesse país que nem vendo a gente crê.
Na minha opínião o único "vacilo" do disco é o título. Aquela coisa do trocadilho ser tão irresistível que acaba rolando.