na esquina
há um
vão
onde ainda te encontro
por onde vens me ver
pra saber
de pouquinho
o quanto nos afogaremos
nesse sol negro e líquido
há um
vão
onde ainda te encontro
por onde vens me ver
pra saber
de pouquinho
o quanto nos afogaremos
nesse sol negro e líquido
no afago rude e teso
pedra raiz – esse diálogo
no vão da esquina
na mesa
e então nas escadas
e então no parque
e então num dia
com meu olho roçando
o azul do teu
vou te pegar
espiando por entre meu esterno
– não sem o ruído das farpas crepitando a renúncia em revelar o tutano –
aberto numa fenda
que desvenda
o bestiário
de uma prole dourada na torpeza
– seus odores visgos gases numa branda fervura –
lustro e sentença
angústia e braço armado
ajudando o peito a chiar macio
ainda não
estamos certos
se
devíamos ter evitado
o vão
da esquina
desse sol negro e líquido
no azul do teu
pedra raiz – esse diálogo
no vão da esquina
na mesa
e então nas escadas
e então no parque
e então num dia
com meu olho roçando
o azul do teu
vou te pegar
espiando por entre meu esterno
– não sem o ruído das farpas crepitando a renúncia em revelar o tutano –
aberto numa fenda
que desvenda
o bestiário
de uma prole dourada na torpeza
– seus odores visgos gases numa branda fervura –
lustro e sentença
angústia e braço armado
ajudando o peito a chiar macio
ainda não
estamos certos
se
devíamos ter evitado
o vão
da esquina
desse sol negro e líquido
no azul do teu
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