Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

fato de sal


desliga-se assim
o viés da glória
e minha alma em pane
alma migratória
faz a última ronda nos cômodos
para libertar-se nos trilhos da noite
dos dias labirínticos
das vagas
das arenas
das dunas
dos cadáveres que se erguem das dunas
e quase desvelam-se em pó
num sopro de sal

este caderno é meu sudário

e não há credo nem castigo
não há gozo ou graça
não há mordaça
há tão somente
essa ironia

meu acaso
é uma moeda
de duas caras

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