não
a semana não voará
não contarei os dias
pois os dias não se dão conta
do quanto se arrastam
de como se escondem
do quanto se negam
a se encadear
não
esse sol não abrirá
rosas nas ruas vazias
um engarrafamento de nuvens
encherá as auroras de chumbo
desmanchará as horas num parque
as novas não chegarão
às nossas mãos
nem
a respiração será
morte ou companhia
nem a troca entre luz e breu
me poupará este sono perdido
bares e igrejas fincarão eterna vigília
crianças não choram
velhos não suspiram
não
não até chegares
não até que adormeças no meu peito
para que eu finalmente compreenda
as velocidades do tempo
a semana não voará
não contarei os dias
pois os dias não se dão conta
do quanto se arrastam
de como se escondem
do quanto se negam
a se encadear
não
esse sol não abrirá
rosas nas ruas vazias
um engarrafamento de nuvens
encherá as auroras de chumbo
desmanchará as horas num parque
as novas não chegarão
às nossas mãos
nem
a respiração será
morte ou companhia
nem a troca entre luz e breu
me poupará este sono perdido
bares e igrejas fincarão eterna vigília
crianças não choram
velhos não suspiram
não
não até chegares
não até que adormeças no meu peito
para que eu finalmente compreenda
as velocidades do tempo
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