Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

nuvem de pássaros no pátio central

dissolve a morte
no golpe terno e inexato: não-parto

chutando a fé dos degraus
expio o terror que me erode  
as pontas dos dedos
as lentes
os arames armando
meus gestos
meu crime de gesso

dissolve liturgias

conflui          oscila          implode         evade          transborda

a língua negra da manhã
me amarga o café
.

2 comentários:

Ventura disse...

Dissolver nossas próprias liturgias costuma ser o trabalho mais árduo.

Parabéns pela poesia. ;-)

Gustavo Rodrigues disse...

é, é foda.