Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

não quero mais que brote do expurgo
totem forjado em farpa, ossos e refluxo
descarto espasmo, renego impulso
não quero que vaze da pele
não quero temperado em febre
ainda que conte minha estória
me faça dormir

quero que empedre
que cristalize no canto do olho
esculpida sem desculpas
nos mesmos cortes que talharam minhas palmas
sem buscar trauma
sem verter sangue
sem gritar “pule”
quero que coagule

.

Um comentário:

Isoldinha disse...

"Esculpida sem desculpas".Tua verve poética é demais! Escreva mais!