Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Colheita

esquecido no amparo quente do capô
vejo o dia queimar enquanto coleciono nuvens
a sordidez e os canos sanitários mantém seu trânsito no solo abaixo
enquanto capturo os sonhos fumegantes do resto do mundo

são tantos e a noite tenta fustigá-los de estrelas
interrompem-se em choques inadvertidos e gentis
desejos comuns em fusão engendrando novos delírios gasosos, fugazes
escolho e recolho
todos e cada um
pra assentar o piso de casa
e escovar meus dentes podres de cotidiano e medo da morte

,

Um comentário:

Anônimo disse...

É isso aí cara: DELÍRIOS GASOSOS!!!