Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Pandeeiro

Rio sozinho
O sangue drenado das cavidades do pau acompanha com desvelo o apagar do cigarro
Nada como uma pequena morte pra nos livrar da tona
Onde se ouve ritmo, leia-se distração
O limo vai juntando na esquina do joelho
E estalo os ossos no contratempo do pulso
Esticando num sofá
Cerebrinho roto
Na teima de classificar cada segundo de vida
Perde o belo aleatório
Do pseudo-silêncio
Jazz de pandeiro no escuro que antecipa a tal aurora
Ralhando baixinho
Maldizendo a estrela mais próxima
Que tenta suturar as pontas perdidas em manhã


A verdade é fosca como o fim do gozo
É, ainda que não queira que saibamos
E quem não olhar bem, vai ver
.

Um comentário:

Isoldinha disse...

E de repente de saudade dos sabaraus!Continua mandando mais dessas! Tens um jeito peculiar de falar as coisas.Curti."Em quem não olhar bem, vai ver"!