Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

vira-láctea


noite eterna
com um
sol no meio

a mesa posta de estrelas
pra(n)to girando
um inverso
cometas comendo restos
rastros de luz fugaz

carreiras glaciais de ilusórios magnatas
chorando o leite derramado
por órbitas vazias

peito comprimido à vácuo
saco seco sem eco
sem som
o buraco negro
bocaferida aberta
na lambida lasciva do cão
(longa língua de mercúrio)
parece tentar um murmúrio
- e agora, quem é o bom?

2 comentários:

Isoldinha disse...

" A mesa posta de estrelas"...
Emocionada aqui.Adoro teu estilo em crônicas e afins.Em poesia és sempre uma bela surpresa! Mal posso esperar pelos próximos posts.Beijos da fã e amiga.

Gustavo Rodrigues disse...

Isoldinha, é bom saber que isso interessa e surte algum tipo de efeito em alguém além de mim.

Beijão.