a lupa tangencia
emoldura o globo solar
cravo o foco no astro
com a polpa da pupila
pelo ventre de vidro
tento enxergar o mistério
com a íris
incandescente
cresto inerte por um dia
incrustado no segundo
fulvo e claro onde leio
a arquitetura dos ventos
a atmosfera que adensa o tórax
o hálito adocicado da besta
os extáticos murmúrios fronteiriços
dos leitos vivos de morte
e assim o deslumbre se esvai
o vórtice estelar
flutua furtivo e insidioso
dança entre um véu de nuvens
desviando meu olho revel
dos instigantes umbrais
da plena certeza
.
Poesia de garagem, música, descrições e indiscrições. Um blog tardio mas que nasceu de sete meses, angustiadinho e agora com algumas revisões gramaticais.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário